Rudimar Perini

Rudimar Perini

03/01/1960

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03/03/2023

Alguns sorrisos são difíceis de esquecer. O de Rudimar Perini é um deles. 

Com esse sorriso, ele sempre dizia um tranquilo: “Na vida, tudo se resolve.”

Rudi ensinou que para qualquer problema há uma solução. Não é preciso perder a linha. 

E ele nunca perdia. Pouquíssimas coisas o irritavam,  e, mesmo nesses momentos, ele logo achava uma forma de puxar conversa para que tudo voltasse ao normal rapidamente. 

Extrovertido, animado e muito sensível, chorava em filmes e em propagandas do Zaffari, sem medo de demonstrar o que estava sentindo. 

Rudi era bom com todos, até demais, como define a família, o que fazia com que, às vezes, ele se decepcionasse, pois com essa característica, não via maldade em ninguém. 

Seu espaço de paz era em casa, ao lado da mulher, Maira. Os dois viveram uma história de amor invejável, de mais de 40 anos. Rudi comprava flores para Maira enfeitar a casa todas as semanas. E todo ano, saíam de férias, só os dois, quando ficavam um mês viajando e ‘viravam adolescentes’, como eles diziam. O plano era seguir essas viagens até os 80, quando pretendiam se aquietar. 

Rudi prestava atenção aos detalhes. Sempre trazia presente para as filhas quando viajava, comprava a bebida preferida de cada um dos convidados que iam para sua casa e, quando assava churrasco, fazia três tipos de carne para agradar cada pessoa da família. 

Ele nunca se importava de fazer este esforço a mais por quem ele amava. Para ele, amor era isso. Quando o sogro ficou doente e não tinha mais como sair de casa para jogar quatrilho (lazer que Rudi acompanhava - e adorava), ele buscou todos os amigos do sogro e os levou até a casa dele, para que o jogo pudesse acontecer. 

Rudi começou a trabalhar cedo. Quando criança, ajudava a família a empalhar garrafões de vinho. Na vida adulta, virou empreendedor. Trabalhou na noite caxiense por 40 anos. Começou com o bar Bate Bate, que faliu, e o ensinou como não gerir um negócio. Depois, teve a Churrascaria Perini junto com o pai, administrou a Taberna, o Dom Vicente e, por último, o famoso Fogo de Chão, ao lado da irmã. Para as duas filhas, ensinou com exemplos que o sucesso não tem atalhos: só é alcançado através de muito trabalho. 

Rudi viveu intensamente. 

Amou intensamente. 

Sua partida foi breve. Ainda havia muito a fazer. Inclusive, virar avô, papel que seria a sua cara. 

O que fica é o preço deste amor tão intenso: a saudade. 

 

Texto: Valquíria Vita, Legado Histórias de Vida 

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Comentários

Júlia

Obrigada Val! Ficou impecável, e conseguiu mostrar um pouco do que ele representou pra gente e o ser humano incrível que ele foi! 

05/05/2023

Patricia

Val sem palavras ficou ele.

05/05/2023

Fabiana

Perfeita essa definição. Chega a emocionar. Ele foi um exemplo de vida pra minha família. E sempre falava que na vida tudo tem solução. Essa frase ainda é minha inspiração. Saudades.

05/05/2023

Viviane

Rudi estará sempre na lembrança de todos,era um cara de coração enorme.

05/05/2023

Simone

Que lindo!!!!! Emocionante!!! 

05/05/2023

Marilia

Uma vida curta, muitas histórias, e toda elas. são boas lembranças. Demorou pra aprender a fazer churrasco, não sabia colocar lustre… Não sabia blefar no poker , seus lábios indicavam que ali tinha um jogo forte. Lembro muito do Cacique Bunda Colada, onde a frase era:” Maira, pega pra mim” “Maira, leva pra mim”…. Que bom, que temos muita coisa boa pra relembrar. Sentimos muito a tua falta Tiozão…..

05/05/2023

Nadia

Linda homenagem!!! Realmente verdadeira,esse foi nosso amigo Rudy! Muitas lembranças maravilhosas. Sem dúvidas amava demais sua família!!!

05/05/2023

Ricardo Alexandre Polo

O que ele sempre dizia, fica tranquilo tudo vai dar certo

05/05/2023

Maristela

Conheci o Rudi no início do namoro com a Maira. Ele e sua ousadia ao lado do seu Maverick amarelo “Tarumã” como ele descrevia com orgulho. Inesquecível o dia em que fomos em sete pessoas à praia apertados dentro dele nos anos 80. Jogamos inúmeras partidas de Poker na casa da Maira, até o dia amanhecer… Ele era sempre a jogador mais animado é mais esperto da rodada. Tive a honra de ser madrinha de casamento. Depois quando casei, ele e a Maira me conduziram garbosamente até a entrada da igreja…A vida seguia e cada um com seus afazeres não nos reuníamos mais com tanta frequência como gostaríamos mas sabíamos que a amizade estava ali e inabalavelmente (apesar da distância física) percebíamos isso a cada esporádico encontro! Agora percebo (e lamento) como não devemos deixar para depois o encontro, o Poker, o jantar, a praia… pois não sabemos quando será o último! Pois é Rudi, adiamos muito e agora é tarde demais…Sinto realmente muitas saudades e guardo com carinho inesquecíveis e ótimas lembranças…

06/05/2023

Aninha

Tive o prazer de conhecer. Ele era concunhado da minha irmã. E realmente era um sorriso difícil de esquecer. Com certeza será sempre lembrado por ser uma maridão e deixar a linda esposa sempre feliz. Acredito que a Maira vai superar, mas jamais esquecer, pois sua mente e seu coração estão cheios de boas memórias. Que Deus conforte o coração dos familiares.

07/05/2023