Esther Gardelin

Esther Gardelin

10/01/1932 

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26/09/2022

Esther Gardelin já tinha em seu nome um significado muito especial: Stella = Estrela. 

A estrela é o símbolo da verdade, do espírito e da esperança. É a luz que guia na escuridão, que direciona diante do desconhecido. E Esther teve este papel durante toda a sua vida, para todos que a conheceram. 

Não só por ser filha, irmã, esposa, mãe, avó e bisavó, mas porque tinha em si uma capacidade incrível de resiliência. Esther não teve uma vida fácil. Mas a cada desafio, sabia que não existia outra alternativa, senão seguir em frente. 

O pai de Esther faleceu quando ela tinha apenas um ano de idade, e a menina teve que se separar dos irmãos. Saiu de Ana Rech, RS, e foi morar com os tios, a quem depois chamaria de ‘papai e mamãe’, em Vacaria, RS. Só reencontrou a mãe e os irmãos muitos anos depois. 

Em Vacaria, conheceu Darcy, com quem se casou aos 16 anos de idade e teve sete filhos. Para eles, teve papel de mãe e também de pai, após a separação. Para sustentar a família, em um dos períodos mais desafiadores de sua jornada, começou a trabalhar fora de casa. Com o salário, conseguiu até comprar uma televisão nos anos 60, quando a família se instalou em Caxias do Sul, RS. Aqui, cada um dos filhos foi se encaminhando, sempre com o amor e o apoio incondicionais de Esther. 

Ser mãe foi a função mais importante de sua vida. Tanto que foi eleita Mãe do Ano em 1990, no Clube das Mães da Igreja Santos Anjos. Mas o verdadeiro presente veio dos filhos, que lhe deram 14 netos. Mais tarde, vieram ainda 7 bisnetos. E essa família não para de crescer! Não teria como ser diferente, quando as raízes são tão fortes. 

O universo recompensou Esther por todos os desafios que passou. Não que a vida tenha ficado mais fácil, mas aos poucos, tudo foi se encaminhando — com muito trabalho, persistência e coragem. Esther não gostava de demonstrar sua vulnerabilidade e, raramente, nos 90 anos que viveu, foi vista chorando. A fé foi crucial para que ela superasse talvez o maior desafio de todos, em 2010, quando sobreviveu a um câncer. 

Até os últimos dias de sua vida, Esther fez questão de seguir seus hábitos diários: rezar o terço, fazer crochê e cozinhar. Era famosa, especialmente, pelo seu imbatível cuscuz.

Ficam para filhos, netos e amigos, muitas receitas e histórias, junto com a imagem do sorriso de Esther, que estava sempre pronta para botar em prática o seu lema: “fazer o bem, não importasse a quem”. 

Esther despediu-se deste plano e tornou-se oficialmente aquilo que estava predestinada a ser durante toda a sua longa vida: estrela.

 

Texto: Valquíria Vita, Legado Histórias de Vida 

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Comentários

Odilatomazoni

Que bela e merecida homenagem para a querida dona Esther....

25/04/2023

Jeane

Uma senhorinha maravilhosa! Que só fazia o bem.

05/05/2023

Gilse

Tive o prazer de conhecer D .Ester muitos anos a traz ,quando suas filhas e eu trabalhávamos no Prataviera. Uma pessoa meiga de fala tranquila e muito forte.

21/08/2023